segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tenho que lhes dizer, criei este blog como algo para passar meu tempo ocioso, e dizer fatos ou pensamentos que me ocorrem, apenas para divagar sobre assuntos, ou até mesmo para me livrar de pesos.
Pois então, tive muito sucesso em minha vida acadêmica, começei a prestar vestibulares na sétima série, e até o segundo ano já tinha passado em cinco vestibulares diferentes.
Poemas de nada mais me servem, agora estou indo embora, me livrarei de minha familia. Estarei longe de tudo e todos. Largarei para trás amigos, as vezes tão importantes que deixarão um grande espaço vazio para mim.
Por casos e acasos acabei me aproximando muito de alguns, e sei que a chama de nossa amizade apagará aos poucos e sobrará apenas a sombra das memórias de momentos de tão bom convívio.
Mas não vejo como um momento de transição ruim, vejo como algo importante, que terei que passar, para poder crescer, nem que seja apenas psicológicamente.


Agonias Antagônicas

Às aflições antigas ainda ando atada
Aceito agora,além, agonias antagônicas.
Ando até às ânsias, austera, atordoada,
A amar, acatar, arritimias anacrônicas.

Acato anunciações aflitas e aclamadas
Aguento ainda as apatias,ando atônita.
Até as alegrias aparecem arritimadas,
Até a alma à angústia aclama, assintômica.

Alguma atresiada ação ainda anda a aplaudir
A acíclica aproximação assistida aqui,ali,
Ante a agonia, a aumentar a apreensão.

Alguma assonante ação ainda assiste a antagonia
Aproximando a abstração, abrasadora alegoria
A assassinar a alegria, a agonizar a aflição.

6 comentários:

Carlos de Thalisson T. Vasconcelos disse...

Pode crer.

Luiz Rosa Jr. e Davi Coêlho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luiz Rosa Jr. e Davi Coêlho disse...

Brilhante composição. Adorei a aliteração da letra "a". O poema todo é trabalhado com esse unico fonema, e é increvel a maneira como escolhestes as palavras para passar sua menssagem. Meus sinceros e humildes parabens.
--- Davi

Luiz Rosa Jr. e Davi Coêlho disse...

Só gostaria de dizer um coisinha aqui. Sei que como todo poeta, provavelmente não dará ouvidos a correções, mas:

1) Não acha que nessa frase aqui:

"Aguento ainda as apatias,ando atônita."

Poderia ser mudado para:

"Aguento ainda as apatias,ando atônito." Já que você esta se referindo a você, e você é um garoto. Por que então, tudo o que teria que fazer é mudar esta linha:

"Até a alma à angústia aclama, assintômica."

Para:

"Até o espírito à angustia aclama, assintômico."

Quebraria um pouco da aliteração que estas fazendo com o "a"? Sim, quebraria, mas pelo fato de usar (e até abusar) desse fonema, creio que mundando alma para espírito não afetaria muito o poema, e ambas as palavras tem um significado próximo o suficiente para não alterar o sentido do verso e assim, na minha humilde opinião, tudo fluria de forma mais correta.

Luiz Rosa Jr. e Davi Coêlho disse...

Por acaso criastes as palavras "atrasiada" e "assintômicas"? Não consigo encontrar a definção para elas no dicionario. Se criou, não há nada de errado com isso, mas seria bom colacar no roda pé as suas respectivas definições.

gambitr disse...

Na verdade este poema tem uns dois anos. Devem ter estranhado, pelo fato de eu tentar ter colocado o eu lírico feminino, o que acabou deixando meio confuso. Mas fico feliz de quem alguém ainda leu isso, rsrs. Vou voltar a postar.
Assintômica vem de assintomática, que não tem sintomas. E atrasiada viria do Galego.